Tipos de Residências – Parte I
- paradoisarquitetura
- 29 de set. de 2018
- 4 min de leitura
Quando pensamos em residência acabamos resumindo a apartamento (formato vertical) ou casa (formato horizontal), entretanto as tipologias são variadas e às vezes fica difícil saber as diferenças. Por isso criamos esse blog para lhe auxiliar nessa compreensão e assim poder lhe ajudar na seleção do seu primeiro lar. Tendo esse conhecimento fica mais fácil para o casal definir o que se adequa mais ao sonho deles.
1. Quitinete ou Kitnet
Também conhecido como conjugado, esse tipo de construção veio dos Estados Unidos da América e chegou ao Brasil na década de 40. São apartamentos pequenos que chegam a ter área de 20 até 40 m², com três ambientes: sala que transforma em quarto, cozinha com área de serviço e banheiro.
Esse tipo de residência tem ganhado espaço considerável no mercado imobiliário nos últimos anos por se encaixar nos padrões de vida urbana e dinâmica em que vivemos atualmente, assim comportando uma e no máximo duas pessoas, de preferência que sejam organizadas e não acumuladores de objetos, para conseguir manter o lugar sempre organizado. Independente de faixa etária atende todos os públicos, dos jovens à idosos.
Para deixar esse tipo de residência confortável e prática, os moradores devem investir em móveis sob medida e compactos por conta do tamanho do espaço ser reduzido. A seguir algumas dicas para melhor compor esse tipo de residência:
Sempre priorize escolher móveis com múltiplas funções, exemplo: cama retrátil que vira sofá, aparador ou mesa compacta que sirva de escritório e refeições;
Espelho das portas de correr dos armários;
Televisão com sistema de giro para ser visto de todos os ângulos do Kitnet;
Opte por cores claras para dar promover sensação de amplitude;
Não abra mão de um bom projeto de iluminação para não deixar o espaço escuro;

2. Loft
Esse tipo de residência nasceu nos Estados Unidos e Europa em meados das décadas de 60 e 70. Nos Estados Unidos, mas especificamente na cidade de Nova York, é onde se tem as maiores referências. Geralmente quem faz uso desse tipo de moradia são pessoas com cunho artístico, por isso a ideia de viver em um loft está ligada a forma moderna e descolada.
O conceito de loft começou com antigos galpões comerciais ou industriais, depósitos e armazéns que estavam desativados e foram transformados para uso residencial e profissional de seus moradores, geralmente ateliês, oficinas, etc. Por isso as principais características dessa tipologia são:
Lugares amplos por conta da planta livre;
O mínimo possível de divisões promovendo integração dos espaços;
As divisões dos espaços ficam por conta da mobília;
Pé direito duplo, de pelo menos 3.20m;
Pegada Industrial;
Amplas aberturas que possibilitam a entrada de luz e ventilação natural;
Instalações hidráulicas, elétricas e estruturas aparentes;
Acabamentos dos materiais com texturas brutas e rústicas, como ferro, tijolos maciços, concreto e madeira.
Como o conceito se popularizou, as construtoras resolveram investir nesse tipo de empreendimento e hoje é possível se comprar loft sem já ter sido uma fábrica ou frigorífico. Hoje encontramos apartamentos sendo vendidos como “loft-inspired”, são imóveis já construídos com essa finalidade, entretanto são mais caros do que os apartamentos tradicionais. Por isso concluímos que morar em um loft é um estilo de vida.

3. Studio
Está associada ao loft, pois são muito parecidos, mas a diferença é que o studio apresenta algumas divisões internas a mais, como por exemplo quarto privativo delimitado por paredes e geralmente estão localizações em áreas estratégicas urbanas para atender a mobilidade, lazer e serviços aos seus moradores. Disponde espaços coletivos como: lavanderia e áreas de lazer.

4. Apartamentos
As nomenclaturas para apartamentos são variadas que muitas vezes fica confuso para entender, mas vamos explicar e exemplificar para tirar todas as dúvidas.
O apartamento padrão é uma unidade habitacional existente em edifícios verticais multifamiliares e em conjuntos habitacionais, com planta de distribuição bem definida, como: salas, cozinha, quartos, banheiros, etc. Sua metragem varia de acordo com a quantidade de cômodos possui.
Esse tipo de residência conhecemos de “có e salteado”, pois sempre pensamos nele em primeiro lugar. Fica complicado quando aparecem outros apartamentos com a mesma estrutura mais com particularidades, como o Giardino ou Garden, são apartamentos que ficam localizados no pavimento térreo dos edifícios, por isso possuem quintal ou jardim, podendo ter até churrasqueira ou piscina.

Duplex é um apartamento que possui dois andares, quase um apartamento “sobrado”, se for três andares é chamado de Triplex. A ideia é ter a área de uma residência horizontal, mas com todo o conforto e praticidade de um edifício, afinal, muitas pessoas acreditam que o custo benefício de um apartamento é melhor que de uma casa por conta da manutenção do edifício ser dividida com diversos moradores e a de uma casa fica por conta apenas e exclusivamente do proprietário.

Fonte: https://www.gafisa.com.br/?smid=4-10

A tipologia chamada de Cobertura é um apartamento que fica no último andar do prédio, em vez de ter o telhado, pode ter espaços diferenciados dos demais apartamentos (pavimento, tipo) do mesmo edifício – como piscina e churrasqueira –, assim fazendo o valor desse imóvel ser mais elevado em consideração ao demais do mesmo prédio.

E aí já deu para perceber que são muitas as opções de residências que você tem no mercado para comprar e usufruir, entretanto como são muitas as tipologias residenciais não é possível ver tudo em um único artigo, portanto fique ligado, pois semana que vem continuaremos com a parte dois desse artigo.
Revisado por Ana Sarah Cordeiro
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